Desde os primórdios da minha jornada espiritual, a relação que mantenho com o meu mundo interno e externo destaca-se como o epicentro das minhas reflexões e experiências. Longe de moralismos e guiada pelo desejo de desmantelar amarras sociais, busquei mergulhar profundamente nesse processo de relacionamento e nas conexões que se formam ao longo da vida.
Antes de conhecer a palavra “Tantra”, eu já praticava muitos de seus ensinamentos de forma visceral. Foi através de um grande amor que (re)conheci o Tantra como um conceito, uma filosofia e uma ferramenta transformadora.
O poder de nomear
A necessidade humana de nomear é intrínseca. A compreensão do termo “Tantra” foi crucial. A partir dessa compreensão, caminhos se delinearam, e a identificação com algo tão profundo permitiu-me experimentar um novo tipo de pertencimento – algo fundamental na experiência humana.
O Tantra como bússola
O Tantra é, para mim, uma bússola conceitual que guia minha contínua descoberta do que é, do que não é, e do que pode ser. É uma jornada expansiva e vivencial. Retiros, cursos, encontros, estudos e amores contribuíram para a moldagem da pessoa que sou hoje: uma exploradora humana e curiosa.
Ancestralidade e conexão
Ao estar atenta à ancestralidade que me acompanha, aos caminhos que me escolheram e à teia sagrada que conecta cada um de nós à totalidade da vida e morte, reconheço a profundidade dessa jornada.
O Tantra além das definições
O Tantra transcende qualquer definição finita. Isso não é uma crítica às definições, pois é natural que a mente busque compreender. O cerne está no sentir, no fluir e no viver contínuo. O que mudou? Está mudando. A atenção está em permanecer lúcida diante da vida, respeitar e celebrar o oculto, o não dito. Vislumbrar muito além dos olhos e sentir com permissão e ousadia.
Lucidez devocional
Falo de uma lucidez que vai além do mental, percorrendo as entranhas mais profundas do corpo físico e emocional. Uma lucidez devocional, sábia e prazerosa.
A jornada contínua
É verdadeiramente incrível estar aqui, agora. Os caminhos são múltiplos, desde as sutis concatenações internas até os encontros mais avassaladores dos últimos tempos.
Reflexão final
Encerro com uma pergunta provocadora: Seu viver-morrer tem lucidez? Em meio a essa jornada tântrica, convido você a explorar essa pergunta, permitindo-se mergulhar nas profundezas do autoconhecimento e da conexão com o sagrado em cada aspecto da vida. Afinal, o Tantra é uma jornada em constante evolução, uma dança eterna entre o eu e o todo.