Esse conteúdo foi escrito por Emannuelle, parceira Wilu, líder, mulher e apaixonada pelo universo ligado a pessoas. Catarinense de Nova Trento, Emannuelle possui mais de 4 anos de experiência em liderança de equipes e gestão de pessoas, liderando mais de 20 pessoas diretamente ao longo desse período. É mentora de carreira e de liderança ADV Innermetrix e acredita no desenvolvimento das pessoas através da liderança humanizada e servidora, inspirando-se em nomes como Brené Brown e Simon Sinek. Tem como propósito fazer a diferença na vida das pessoas, em especial através da liderança feminina e da elevação de mais mulheres às cadeiras de liderança.
Com um mundo cada vez mais acelerado e dinâmico, palavras com prefixo “auto” vêm ganhando destaque na sociedade. Mais do que a abreviatura de automóvel, Auto, do grego αὐτο- (auto-), remete à ideia de pertencimento, independência e significa “a si próprio, a si mesmo”. Dito isso, nesse artigo abordaremos uma dessas palavrinhas ainda muito subestimada: Autoconhecimento.
Autoconhecimento também é conhecimento?
Muitas pessoas buscam constantemente o conhecimento. Currículos com graduação, pós graduação, mestrado, MBA, cursos e todo tipo de conhecimento que possa ser validado. Já quando trazemos o conceito do autoconhecimento, será que as pessoas entendem realmente o potencial que isso traz para as nossas vidas?
Outro dia estive com uma liderada que é sem dúvidas uma das melhores vendedoras que já tive o prazer de trabalhar. Porém, recentemente ela passou por um período em um modelo de vendas diferente do que estava acostumada, de modo que passou a se questionar se era realmente uma boa vendedora. Ao falar com ela durante um 1:1, lhe trouxe um exemplo que poderia trabalhar em qualquer área, bastaria me esforçar o suficiente para isso, entretanto, eu não seria a melhor em qualquer área. Existem funções e ambientes que potencializam a minha performance, garantindo que eu possa evoluir de maneira natural, enquanto que em outras áreas/funções, eu precisaria me esforçar muito e ainda assim teria um desempenho mediano. Isso quer dizer que sou uma profissional ruim? Não! Apenas que eu sou uma profissional melhor em outra função. E como eu sei disso? Através do autoconhecimento.
Mas será que existe uma forma de se conhecer mais facilmente?
Existem atualmente diversas ferramentas e processos que auxiliam as pessoas a identificarem as suas principais características, usando-as a seu favor. O DISC, por exemplo, é um teste de perfil comportamental criado em 1928 por William Marston, professor de Harvard e psicólogo, cujo objetivo principal é auxiliar as pessoas a compreenderem como elas costumam se comportar no dia-a-dia, seja em ambientes naturais e descontraídos, seja em momentos de pressão. Esse teste é muito utilizado em processos de assessment e até mesmo para contratação de pessoas, de modo que são cruzadas as informações de perfil comportamental com as características desejadas para as vagas.
Além dos processos de assessment e outras ferramentas que auxiliam na identificação de perfis comportamentais, a terapia pode ser muito utilizada para se aprofundar em como nos sentimos e principalmente, porquê nos sentimos assim. O auxílio de um profissional da psicologia nos ajuda a traduzir sentimentos de modo que possamos moldar a forma como eles nos afetam, garantindo a nossa evolução ao longo do tempo.
E então, Autoconhecimento também é investimento?
Mais do que apenas utilizar de informações sobre si mesmo de maneira superficial e a título de curiosidade, o autoconhecimento é hoje uma importante ferramenta de alocação de energia. Pense que durante a vida você tem um estoque limitado de energia para gastar, de modo que se você não souber onde essa energia vai ser melhor aproveitada, você provavelmente estará desperdiçando aquilo que tem de mais valioso.
Portanto, apesar de não estar necessariamente vinculado a cursos de ensino e extensão como os citados anteriormente, o investimento no seu autoconhecimento lhe permite explorar melhor o seu potencial, minimizando seus pontos fracos e garantindo mais satisfação pessoal, o que consequentemente tende a lhe gerar mais felicidade também. E isso, vale mais que um investimento de 200% do CDI.